Lê-se e não se acredita no que refere o conteúdo de uma
deliberação camarária produzida no dia 1 de Abril deste ano (talvez não tenha
sido por acaso, que a mesma tenha esta data...)
Ponto Nº 6 – DF – Deliberação Nº 131/2009 – SESSÃO DE 1/4/09
Construção do novo Centro de Saúde de Nisa – Cedência de
terreno ao Município, por parte da Santa Casa da Misericórdia de Nisa.
Relativamente ao assunto a que acima se faz referência, a
Mesa da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de Nisa deliberou, em
sua reunião realizada no dia 5 de Dezembro de 2008, ceder à Câmara Municipal de
Nisa e tendo em vista a construção do novo Centro de Saúde, uma parcela de
terreno, localizada no anexo ao actual centro, facto que foi comunicado por
aquela instituição a esta autarquia, através do seu Ofício Nº 384 Pº 15, datado
de 17 de Dezembro de 2008.
Nesta conformidade e tendo em conta o conteúdo da
Informação/Proposta Nº 43/09, com data do dia 30 de Março de 2009, da Divisão
Financeira/Secção de Aquisições e Património, a Câmara Municipal de Nisa
reunida aprova, por unanimidade, aceitar, nos termos do disposto na alínea h)
do Artº 64º da lei nº 169/99, de 18 de Setembro, a doação efectuada pela Santa
Casa da Misericórdia de Nisa, do prédio em propriedade total sem andares nem
divisões susceptíveis de utilização independente, sito na Rua dos Combatentes
da Grande Guerra, em Nisa e inscrito na matriz predial urbana da freguesia do
Espírito Santo, da Vila e Concelho de Nisa sob o artº nº 1702, com uma área de
4.154,00m², que confronta pelo Norte, Sul, Nascente e Poente com via pública, o
qual se destina à construção do novo Centro de saúde de Nisa.
A Presidente da Câmara Municipal de Nisa referiu, fazendo
questão que a sua intervenção ficasse registada em Acta, que o Centro de Saúde
que irá ser construído não é já hoje uma realidade e não será feito “de borla”,
devido à incompetência de anteriores executivos nisenses, responsáveis de
serviços de saúde e direcções da Santa Casa da Misericórdia de Nisa.
Esta declaração é, no mínimo surpreendente, sabendo-se, como
se sabe, que a actual presidente da autarquia está a completar oito anos no
cargo (2 mandatos) e que no mandato anterior (1998-2001) fez igualmente parte
do executivo como vereadora.
Já é triste que, publicamente, se oponha o carimbo de
incompetência, a responsáveis e eleitos de instituições com as quais a Câmara deve
manter uma relação privilegiada.
Ao fazê-lo, Gabriela Tsukamoto, está a incluir-se no rol de
incompetentes, pois, em sete anos de mandato como presidente e em quatro como
vereadora, nenhuma proposta ou tomada de posição se lhe conhece no sentido da
construção do novo Centro de Saúde de Nisa.
Por nada ter feito nessa matéria nestes quase oito anos como
chefe do executivo (repare-se que a decisão de doação de terreno por parte da
Misericórdia, só após quatro meses é que chegou à reunião de Câmara) não fica a
bem a Gabriela Tsukamoto imputar a outros, responsabilidades e incompetências,
que também lhe cabem, em larga medida.
Como diz o povo: "cantas bem, mas não me
alegras!".
Mário Mendes - 1/8/2009