segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

NISA: Degradação e abandono do Centro Histórico


 Telhado de antigo forno está neste "estado"
 A casa foi mesmo "abaixo" apesar dos alertas
Nesta "casa" morava um ser humano
As fotos são elucidativas do estado de degradação e abandono a que chegou o Centro Histórico de Nisa.
A foto identificada com o nº1, mostra o antigo forno, sobre o qual no Jornal de Nisa fizemos inúmeros alertas acerca do risco de ruir e de se perder a centenária chaminé, e um acervo patrimonial de grande valor afectivo.
A denúncia e insistência deram resultado e a Câmara, há uns meses atrás, tomou a decisão que se impunha: adquirir o imóvel.
Mas para tal, falta “pôr o preto no branco”, isto é, pagar ao proprietário e regularizar a situação do prédio em termos de propriedade, isto enquanto ainda for tempo de impedir que a derrocada se dê.
As fotos 2 e 3 são de dois prédios vizinhos, na antiga Rua das Adegas (Rua de O Século) e retratam duas situações que deviam envergonhar qualquer membro do executivo camarário. Com uma agravante, na “casa” assinalada com o nº 3, um autêntico tugúrio, “vive” desde há anos, um ser humano, doente mental, situação que a autarquia conhece e sobre a qual pouco ou nada tem feito.
Há 3 anos numa reportagem no “Jornal de Nisa” (ah, pois é, não fechávamos os olhos, como gostaria a Câmara e Junta de Freguesia, a estas situações) titulámos: “Um dia as casas vêm abaixo”. Numa delas, a derrocada do telhado e de parede de prédio vizinho, concretizou-se. Na outra, onde “vive” António José Semedo Lopes, os rombos no telhado são também mais do que visíveis e dão uma ideia de como será possível um ser humano, “dormir” debaixo de um tal “tecto” e sob uma ameaça tão aterradora.
As entidades locais e regionais, desde a Câmara, que conhece a situação e tem assistentes sociais para resolver outros problemas bem menos gritantes e dramáticos, à Sub-Delegação de Saúde e Segurança Social têm obrigação de resolver quanto antes este problema que requer urgência.
O alerta e denúncia não irão parar por aqui, enquanto a situação não for resolvida. Alguém tem que assumir as responsabilidades e resolver, de vez, um caso social e humano.
Para isso foram eleitos ou nomeados como dirigentes nas extensões regionais do Estado.
Mário Mendes
Notícia de 2/7/2009