Telhado de antigo forno está neste "estado"
A casa foi mesmo "abaixo" apesar dos alertas
Nesta "casa" morava um ser humano
As fotos são elucidativas do
estado de degradação e abandono a que chegou o Centro Histórico de Nisa.
A foto identificada com o nº1,
mostra o antigo forno, sobre o qual no Jornal de Nisa fizemos inúmeros alertas
acerca do risco de ruir e de se perder a centenária chaminé, e um acervo
patrimonial de grande valor afectivo.
A denúncia e insistência deram
resultado e a Câmara, há uns meses atrás, tomou a decisão que se impunha:
adquirir o imóvel.
Mas para tal, falta “pôr o preto
no branco”, isto é, pagar ao proprietário e regularizar a situação do prédio em
termos de propriedade, isto enquanto ainda for tempo de impedir que a derrocada
se dê.
As fotos 2 e 3 são de dois
prédios vizinhos, na antiga Rua das Adegas (Rua de O Século) e retratam duas
situações que deviam envergonhar qualquer membro do executivo camarário. Com
uma agravante, na “casa” assinalada com o nº 3, um autêntico tugúrio, “vive”
desde há anos, um ser humano, doente mental, situação que a autarquia conhece e
sobre a qual pouco ou nada tem feito.
Há 3 anos numa reportagem no
“Jornal de Nisa” (ah, pois é, não fechávamos os olhos, como gostaria a Câmara e
Junta de Freguesia, a estas situações) titulámos: “Um dia as casas vêm abaixo”.
Numa delas, a derrocada do telhado e de parede de prédio vizinho,
concretizou-se. Na outra, onde “vive” António José Semedo Lopes, os rombos no
telhado são também mais do que visíveis e dão uma ideia de como será possível
um ser humano, “dormir” debaixo de um tal “tecto” e sob uma ameaça tão
aterradora.
As entidades locais e regionais,
desde a Câmara, que conhece a situação e tem assistentes sociais para resolver
outros problemas bem menos gritantes e dramáticos, à Sub-Delegação de Saúde e
Segurança Social têm obrigação de resolver quanto antes este problema que
requer urgência.
O alerta e denúncia não irão
parar por aqui, enquanto a situação não for resolvida. Alguém tem que assumir
as responsabilidades e resolver, de vez, um caso social e humano.
Para isso foram eleitos ou
nomeados como dirigentes nas extensões regionais do Estado.
Mário Mendes
Notícia de 2/7/2009